À conversa com... Sónia Rodrigues

Sónia, seja bem-vindo à nossa rubrica À conversa com... na qual promovemos entrevistas inéditas com autores nacionais, e cujo propósito primordial é fazer com que as suas palavras alcancem novos leitores.
1. Para começarmos, eis a pergunta que se impõe, como é que nasceu o gosto pela escrita?
O meu gosto pela escrita foi crescendo comigo ao longo dos anos, mas sempre o reservei para mim. Há uns meses, decidi começar a escrever todos os dias pois sentia-me bem em fazê-lo, como se fosse uma terapia da alma.
2. Como surgiu o ímpeto de escrever esta obra e de a partilhar com o público?
Esta obra surgiu quando decidi participar no concurso de poesia, promovido pela editora Oficina da Escrita. Tive vontade de ter essa experiência na minha vida, pois necessitava de algo que me ocupasse a mente de uma forma positiva e criativa. Com esta experiência, coloquei de parte o medo e saí da minha zona de conforto.
Quando surgiu o convite, da editora Oficina da Escrita, para publicar a minha obra fiquei surpreendida e entusiasmada. Achei que era uma oportunidade de fazer algo diferente por mim e uma experiência única repleta de novas aprendizagens. Achei que, ao partilhar o que escrevi, poderia fazer a diferença para quem se identificasse com as minhas palavras.
3. E o processo de escrita desta obra, como correu? Pode partilhar connosco um pouco sobre essa experiência?
Esta obra baseia-se em alguns poemas que já tinha escrito há alguns anos, bem como de outros que fui escrevendo nos meses que antecederam ao concurso. Nessa altura, estava a passar por uma fase menos positiva e senti necessidade de escrever, de colocar no papel, os meus sentimentos, pensamentos e acontecimentos vividos. A partir do momento em que comecei a escrever diariamente, não consegui parar mais. Foi um período libertador, terapêutico e maravilhoso porque me sentia feliz a escrever poesia.
4. Pedaços de Mim, uma obra onde são vários os temas abordados pela autora, pedaços de si, que esta não se coíbe de partilhar com quem a lê.
De onde vem a vontade de escrever poesia com esta vertente emotiva?
Sempre gostei de ler e de escrever. O gosto pela poesia foi crescendo comigo, adoro brincar com as palavras e expressar-se dessa forma. Escrever sobre sentimentos e experiências vividas é mais genuíno, é íntimo, é um ato de coragem, por isso, intitulei-o de Pedaços de mim.
5. Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas obras e dentro do mesmo registo ou prepara algum desafio?
Depois desta obra continuei a escrever poesia e já tenho imensos poemas novos, para além disso, escrevi outra obra, com um novo registo, mais virada para as crianças. Esta última, é uma narrativa poética sobre uma pessoa que me é muito especial e querida.
6. Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler?
A vida é um mar de aventuras, experiências, tempestades, mas também de tranquilidade. Espero que, ao me lerem, abram o vosso coração, sintam as palavras, as emoções, reflitam, entendam, sintam esperança, vontade de crescer e voar também. A vida é muito curta e “ser” apenas não chega, há que ter vontade de crescer e de se reinventar.
