À conversa com... Rogério Costa

Rogério, seja bem-vindo à nossa rubrica À conversa com...
Nesta Rúbrica promovemos entrevistas inéditas com
autores nacionais, e cujo propósito primordial é fazer com que as suas palavras alcancem novos leitores.
1. Para começarmos, eis a pergunta que se impõe, como é que nasceu o gosto pela escrita?
O gosto pela escrita nasceu na infância quando muitas vezes ouvia o meu pai que
recitava poemas, e quadras e gostava de cantar o fado. A partir dos 9 anos de idade
comecei a escrever poesia e aos 12 vi pela primeira vez publicado um dos meus
poemas num Jornal matutino Nacional. Intitulava-se “liberdade”.
A partir dai com a aquisição da minha primeira guitarra continuei a escrever e a
compor os meus próprios temas até aos dias de hoje .
2. Em Busca do Amor. Como surgiu o ímpeto de escrever este seu primeiro livro de
poesia e de o partilhar com o público?
Este projeto estava na gaveta desde a infância porque tinha sempre receio se as pessoas
iriam ou não gostar. Ao longo dos tempos, fui ouvindo muitos amigos e pessoas fora do
círculo de amigos, que me incentivavam a publicar dizendo que gostavam de ouvir os meus
temas e os meus poemas tinham profundidade. Desta forma surgiu a oportunidade de o
publicar com a oficina da escrita e desta vez nem pensei duas vezes.
3. E o processo de escrita desta obra, como correu? Pode partilhar connosco um
pouco sobre essa experiência?
O processo foi interessante porque primeiro tive que separar todos os poemas que
tivessem a ver com a temática do amor, uma vez que tenho muitos mais poemas fora desta
temática.
Depois foi compilar, pedir uma ajuda fantástica a uma Professora de línguas já reformada
que fez a primeira revisão da obra e fazer a proposta á vossa editora. A capa também não
foi fácil porque tinha outra ideia, mas no final tudo correu bem e lá nasceu este primeiro
livro de poemas- Em Busca do Amor.
4. Em Busca do Amor, fala-nos sobre a arte de amar e a sua procura incessante pelo
amor; amor pelo próximo, pela natureza, pelos amigos, pela liberdade e por nós
próprios.
De onde vem esta necessidade de falar da realidade do amor e a paixão poesia?
Penso estar inserida dentro de cada um de nós. Nesta época de todos os perigos a natureza
humana está a perder o amor por si próprio e por tudo o que o rodeia e, quando o faz
muita vez esta fechado no seu casulo. Só amor pode curar todas as feridas , só o amor nos
distingue enquanto humanos e não podemos deixar morrer esse amor universal por nós e
pelos outros.
Não existe futuro pós-humano.
5. Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas
obras e dentro do mesmo registo ou prepara algum desafio?
Neste momento estou a trabalhar já com a vossa editora num novo projeto
completamente diferente, histórias para crianças.
“Conta-me Histórias “, é um projeto que se propõe passar determinados valores através
de uma simples história para as crianças em idade escolar. Em versão bilingue, ou seja, em
Português e Inglês, são 7 histórias para serem contadas uma por dia durante uma semana.
São histórias ilustradas em que as crianças no final, podem pintar a seu gosto, com as cores
que acharem serem mais apropriadas.
Tenho também outras obras que estão a ser finalizadas para possível publicação dentro de
outros géneros literários.
6. Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler?
Se o amor é um instrumento da música, não deixem de ouvir, não deixem de tocar e
sobretudo não deixem de se amar nem deixem de amar o próximo. Dancem ao som do
amor e sejam felizes, e se puderem, façam alguém feliz também.
Bem Hajam!
