À conversa com... Maria Amélia Tavares

Amélia, seja bem-vinda à nossa rubrica À conversa com...
Nesta rubrica promovemos entrevistas inéditas com autores nacionais, e cujo propósito primordial é fazer com que as suas palavras alcancem novos leitores.
1. Para começarmos, eis a pergunta que se impõe, como é que nasceu o gosto pela
escrita?
O gosto pela escrita nasceu desde o meu tempo de jovem estudante, mas naquela
época, publicar era muito difícil por haver poucos meios. Editar um livro era
impensável pelos custos que acarretava. Publicações em jornais eram exíguas.
Durante muitos anos participei numa revista ovarense muito conceituada “Revista
Reis” cujo, objetivo é divulgar os valores vareiros. Esta divulgação é feita por todas as
partes do mundo, onde há ovarenses emigrados.
2. Em Busca da Minha Verdade. Como surgiu o ímpeto de escrever este livro e de o
partilhar com o público?
Sempre que me apetece escrever divulgo na rede social mais acessível — o
Facebook — tenho amigos que estão sempre à espera que eu escreva. Assim vão
ficando muitos textos que vou compilando em pastas numeradas que podem
corresponder a possíveis livros a publicar.
A motivação mais imediata foi o convite da editora “Oficina da Escrita”.
3. E o processo de escrita desta obra, como correu? Pode partilhar connosco um
pouco sobre essa experiência?
Para além do que mencionei na resposta anterior, apenas quero dizer que o
processo foi um pouco longo, deu algum trabalho na correção dos textos (contactos
entre editora e autora), mas tenho a realçar que o produto final resultou tal qual as
expetativas do autor.
Não posso deixar de salientar a forma cordial e aberta como se desenvolveu a
minha relação com a principal interlocutora da editora Letícia Brito, a quem deixo aqui
os meus agradecimentos
4. Em Busca da Minha Verdade, um livro de poesia que nos leva a navegar nas ondas do
mar. Uma obra que reflete a sua opinião sobre o mundo e sobre a vida.
De onde vem esta necessidade de partilhar a sua visão quotidiana?
Esta necessidade vem de sentir que o mundo está cada vez mais perverso...prima a
violência pela paz, a mentira pela verdade, a corrupção pela honestidade. O
absentismo, a apatia e a indiferença cívicas tornam a sociedade cada vez mais desigual,
dando prioridade aos mais fortes e deixando os mais fracos sem vez e sem voz. É a voz
da indignação que nos deve motivar para civicamente não ficarmos calados.
Por outro lado é importante deixar para os vindouros a razão...o sentido de
estarmos vivos...isto
e a nossa forma de pensamento e o que fizemos da nossa vida como seres
pensantes e responsáveis.
5. Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas
obras e dentro do mesmo registo ou prepara algum desafio?
Neste momento quero continuar a dar sentido à vida. A escrita faz parte desse
projeto. No entanto
depende das solicitações que vou encontrando pelo caminho. Nada é impossível e o
caminho faz-se com novos projetos e desafios.
6. Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler?
Gostaria de transmitir que o ser humano deve esforçar-se por investir culturalmente
em si próprio.
Só assim ele pode compreender o mundo, fazer uma leitura correta do que se passa
à sua volta, discernir, intervir e combater o mal.
A leitura é um dos meios mais universais para nos cultivarmos.
