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À conversa com Manuel Bento


Manuel, seja bem-vindo à nossa rubrica À Conversa Com…

Nesta rubrica promovemos entrevistas inéditas com autores nacionais, e cujo propósito primordial é fazer com que as suas palavras alcancem novos leitores.


1.Para começarmos, eis a pergunta que se impõem, como é que nasceu o gosto pela escrita?


O gosto pela escrita adveio da necessidade “visceral” de dar corpo e materializar em criação externa sensibilidades, estados mentais, estados psico-emocionais, pensamentos e reflexões vivenciados.



2. Como surgiu o ímpeto de escrever esta obra e de a partilhar com o público?


Esta obra surge do acumular de vivências ao longo de um determinado período de tempo e consequente transpor para o papel, em processo normalmente de carácter não contínuo mas esporádico ou “ao sabor” das circunstâncias, as sensibilidades, os estados mentais, os estados psico-emocionais, os pensamentos e reflexões vivenciados (tal como referido na resposta anterior). O partilhar desta obra com o público surge da tomada de consciência e da vontade subsequente de não ser mantido no anonimato e na “gaveta” o materializar das referidas vivências e deste modo dar a conhecer e à apreciação a quem nutre interesse pela escrita poética o conjunto de textos que dão corpo a esta criação/obra.



3. Como correu o processo de escrita desta obra. Partilhe connosco um pouco sobre essa experiência?


Tal como já adiantei na resposta anterior, o processo de escrita e de criação desta obra desenrolou-se de modo idêntico ao processo criativo que é característica intrínseca a todo o meu processo de criação de escrita/texto poético desde há muitos anos a este parte e já em outras obras de poesia da minha lavra, processo esse, tal como referi, normalmente desenvolvido em modo não contínuo mas esporádico, com momentos de maior necessidade e labor e disponibilidade/disposição criativos intercalados com momentos de menor ou até de nula labuta criativo-poética, sendo os mesmos determinados pelas circunstâncias e experiências vivenciadas durante os vários momentos em que ocorreu todo o processo criativo da obra presente, processo esse que se pautou assim por momentos criativo-poéticos em que os poemas se iniciam a partir de um determinado “estímulo” e em curto espaço de tempo o mesmo é terminado intercalados com momentos criativo-poéticos em que o iniciar dos poemas surge a partir de um determinado “estímulo” e é esboçado essa primeira substância poético-criativa em pedaço de papel, traços e textualidade poética esses que posteriormente e em função da maturação e exigências e contingências criativo-poéticas eram alvo de continuidade e desenvolvimento até à criação do produto final.


4. Do Outro Lado Amniótico do Ser-se, é um livro de poesia que propõe ao leitor que reflita e explore o mundo e o quotidiano, através da sua própria visão e vivências, dos seus sentires e das suas vontades.

De onde surgiu a vontade de falar sobre este tema?


Como atrás já referi, as temáticas presentes em Do Outro Lado Amniótico do Ser-se surgem fundamentalmente não de uma vontade consciente ou de um propósito pré-definido, mas essencialmente da necessidade intrínseca e “visceral” de materializar e de dar corpo às inquietudes que substanciam o ser-no-mundo que me constitui, processo esse que se consubstancia na necessidade de materializar em objeto estético-criativo as sensibilidades, os estados psico-emocionais, os estados de alma, os pensamentos e as reflexões que me preenchem, que vivencio e que em mim ganham vivencialidade.


5. Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas obras e dentro do mesmo registo ou prepara algum desafio?


De momento tenho “na calha” um conjunto de poemas em número aproximado ao que compõe a presente obra e que é pretensão minha que esse conjunto de textos poéticos possam “ver a luz do dia” em moldes similares aos da presente obra. Por conseguinte, poderão os interessados e/ou público leitor deste género de literatura e em particular os leitores e interessados pela minha escrita contar com novos textos e nova obra dentro do registo/género poético, sendo que algum outro desafio literário fora do registo poético é algo que não está por mim a ser preparado, sendo que é minha forma comportamental preferencial a este respeito “deixar-me” ser desafiado pelas circunstâncias e estímulos e não tanto o inverso.


6. Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler?


Aos potenciais leitores a mensagem que me apraz partilhar é a de que a leitura e o contacto com os poemas que compõem este Do Outro Lado Amniótico do Ser-se possam desencadear em quem os ler um inquietar, um perturbar interior e na sua condição de humano, os quais se traduzam numa transformação de si próprios a nível estético e filosófico num processo e metamorfose esses cujo efetivo resultado seja a tradução em si mesmos de uma transformação e transfiguração do olhar estético e sentir estético em olhar ético e sentir ético.




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