À Conversa Com... Márcio Simões

Márcio, seja bem-vindo à nossa rubrica À Conversa Com…
Nesta rubrica promovemos entrevistas inéditas com autores nacionais, e cujo propósito primordial é fazer com que as suas palavras alcancem novos leitores.
Para começarmos, eis a pergunta mais importante, como é que nasceu o gosto pela escrita?
Primeiro que tudo agradeço por esta entrevista. Em resposta à questão colocada digo que o meu gosto pela escrita desponta desde a altura do ensino primário, fase essa em que já era latente essa aptidão . Ao longo do tempo foi se manifestando dum modo mais fecundo no meu percurso formativo na minha inclinação natural à disciplina de Língua Portuguesa com impressão positiva dos docentes que tive nesse caminho. O mundo também sempre me instigou esse interesse por esta forma de expressão por representar uma amplitude infindável de análise e contemplação de situações, o que me motiva plenamente a aflorar a minha criatividade.
Como surgiu o ímpeto de escrever esta obra e de a partilhar com o público?
O ímpeto para escrever esta obra insurgiu me pela altura dos vinte e seis anos de idade em que me impelou um clique interno de reestruturação pessoal. Esse momento foi determinante para repensar e redirecionar o meu sentido de vida e perceber que era necessário um certo alheamento e desprendimento para eu me conhecer melhor e ao mesmo tempo escrutinar a condição humana na sua essência e na sociedade. E assim creio que aos trinta e dois anos cronológicos de vida com a efetivação desta obra fazia todo o sentido partilhar tal apelo com o mundo porque para mim é a forma mais abnegada, franca e idónea de exteriorizar essa fundamentação.
Como correu o processo de escrita desta obra. Partilhe connosco um pouco sobre essa experiência?
Cabe me referir que o processo de escrita desta obra foi simples, entusiasmante, e motivador pois tudo se encaixou homogeneamente na orgânica narrativa agregando construtivamente temas como Autoconhecimento, Psicopatia, Relação Humano-Animal, Modelos Educacionais século XX e XXI, Coexistência Intra e Intergeracional, Pandemia Covid-19 e Filosofia Epicurista de Vida em alinhamento com a imparcial e desapegada conduta de vida resultante do exercício de interioridade pessoal. Acrescento também que a o processo de escrita foi quase terapêutico e imensamente reflexivo pois permitiu passar a pente fino por assim dizer toda a minha retrospetiva pessoal de vida e do mundo nas suas diferentes esferas.
Visão Mundana, explora a sociedade, os costumes enraizados nesta, e perpetua assim a sua experiência e opinião através das páginas deste livro.
Como surgiu a vontade de levar o leitor nesta intensa viagem pela descoberta do eu e do mundo que nos rodeia?
Acredito que essa resposta é interessante de explicar porque acredito que a minha abordagem pessoal na vida vem na sequência do processo de reposicionamento pessoal em que questões por mim colocadas no início da jornada iniciada aos vinte e seis anos Quem sou? Onde estou? Para onde vou? São o repto para que cada leitor possa de algum modo se empatizar, envolver, e encontrar elos comuns. Essa exploração pela descoberta do eu é fascinante mas extenuante ao mesmo tempo pois representa um integral esvaziamento interno o que é porventura mais profícuo e em relação ao mundo envolvente sublinho que a necessidade estar em sintonia com o que acontece é fundamental porque nós somos seres existênciais pensantes e logo urge fomentar o sentido crítico, de observação, opinião, duma forma positiva, isenta, humana e tolerante em relação ao quadro mundano envolvente.
Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas obras e dentro do mesmo registo ou prepara algum desafio?
Os meus planos pessoais para o futuro prosseguirão de mãos dadas com a escrita para dar azo a novas criações literárias e a comunidade leitora poderá contar a curto prazo com uma nova obra em registo poético e a longo prazo uma outra nos moldes de Visão Mundana todavia confesso que na minha aspiração maior tenciono conceber um romance que decerto é um processo de criação muito mais exigente, complexo e elaborado para qualquer escritor suponho.
Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler?
A mensagem que me interessa partilhar para quem nos está a ler e num mundo turbulento em que todos nós vivemos, é a necessidade de cultivar e praticar valores basilares humanos como a empatia, solidariedade, sensibilidade, respeito amplo pelo próximo, bondade e tolerância porém ainda é um caminho longo a percorrer para alcançar esse ideal modelo de coexistência mas se cada um de nós der o seu contributo no dia a dia já será um bom começo. Grato pela oportunidade Bem-Haja
