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À conversa com... Cátia Santa Maria


Cátia, seja bem-vindo à nossa rubrica À conversa com... na qual promovemos entrevistas inéditas com autores nacionais, e cujo propósito primordial é fazer com que as suas palavras alcancem novos leitores.


1. Para começarmos, eis a pergunta que se impõe, como é que nasceu o gosto pela escrita?


Desde muito nova que comecei a ler e a adorar estar mergulhada numa boa história e num bom livro. Isso levou-me a começar a escrever as minhas histórias.


2. Como surgiu o ímpeto de escrever esta obra e de a partilhar com o público?


A minha avó faleceu no ano passado e um dia, peguei no papel e caneta e escrevi o “Céu Estrelado”. Depois de escrever achei que esta história não era como as outras que já tinha escrito e que, mais não fosse em jeito de homenagem, ía tentar partilhá- la com as outras pessoas.

Falar sobre a morte não é fácil, muito menos com crianças, e pensei genuinamente que podia ajudar alguma criança ou alguns pais a falar sobre o tema de uma forma um pouca mais “leve”.

3. E o processo de escrita desta obra, como correu? Pode partilhar connosco um pouco sobre essa experiência?


Foi um processo rápido.

Como gosto muito de escrever tenho tendência a pegar no papel e caneta e em alguns minutos ter uma história escrita. Esta não foi excepção.

Foi escrita essencialmente com a emoção e a lembrança do que queria transparecer para a minha filha e para quem pudesse ler a história: as pessoas que amamos estão sempre conosco. Não devemos deixar de falar delas só porque já não estão conosco fisicamente.

No fundo, escrever esta história ajudou-me também a mim a lidar com o processo de luto pela minha avó.


4. Céu Estrelado, uma obra infantil com um lado bastante emotivo.

De onde surge a necessidade de abordar este tema tão delicado, a ausência daqueles que amamos?


Como tínhamos perdido alguém próximo há poucos meses, era um tema muito presente cá em casa. A minha filha comentava muitas vezes as saudades que tinha da avó e que esperava que ela a pudesse ver, que desejava muito falar com ela. Há medida que fomos lidando com esse assunto, percebi a importância destes temas mais sensíveis e emotivos.



5. Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas obras e dentro do mesmo registo ou prepara algum desafio?

Espero que o livro possa ajudar algumas famílias a lidar melhor com um assunto difícil como este. E em breve, espero poder partilhar com os leitores mais uma ou duas histórias sobre temas reais e importantes, no dia-a-dia das nossas crianças.


6. Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler?


Acreditem sempre que podem alcançar os vossos objetivos, por mais distantes que vos possam parecer.

Aproveitem o presente, a vida é muito curta para estarmos chateados ou longe de quem mais gostamos. Aproveitem as vossas pessoas, abracem e não tenham receio de dizer que amam.




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