À Conversa com... Alexandra Ferreira
Atualizado: 25 de mai.

Alexandra Ferreira, seja bem-vinda à nossa rubrica
À Conversa com...
Nesta rubrica promovemos entrevistas
inéditas com autores nacionais, e cujo propósito primordial é fazer com que as suas
palavras alcancem novos leitores.
1. Para começarmos, eis a pergunta que se impõe, como é que nasceu o gosto pela escrita?
O gosto pela escrita nasceu nos bancos da escola. Escrevia pequenos textos
narrativos que depois eram lidos em voz alta.
No 2.º Ciclo, durante um ano, escrevi o diário da turma e ofereci-o à professora de
Português.
Tive também a fase dos diários, trancados no fundo de uma gaveta, onde
desnudava a alma, convencida que só eu lhes tinha acesso.
Após a adolescência, esse gosto pela escrita esmoreceu.
Há cerca de dois anos o Universo conspirou a meu favor e mostrou-me a
publicidade de um evento online Semana Liberte sua Escrita, com Nardele
Gomes. Foi o início de uma jornada de formações no âmbito da escrita, com a
Nardele, e também com a Analita Alves dos Santos, que me «apareceu» nas redes
sociais. Passei a fazer parte da sua comunidade de Writers e do Clube de Leitura
«Encontros Literários O Prazer da Escrita», o que me motiva a assumir
compromissos de leitura e de escrita.
2. Rumo ao topo. Como surgiu o ímpeto de escrever este livro de empoderamento e de
o partilhar com o público?
A ideia do livro surgiu durante um programa de coaching, ao assumir o
compromisso de escrever um texto semanal. Em vez de escrever textos dispersos,
veio o desejo de escrever a história de uma mulher que se ia empoderando à
medida que aumentava o autoconhecimento e compreendia que as suas crenças
limitadoras a impediam de manifestar a sua essência.
Como eu própria ainda estava em processo de trabalhar as minhas crenças (e é um
processo que dura uma vida), o texto ficou guardado. Mas a vontade de partilhar a
história de Maria, que é a de tantas Marias, de mostrar que é possível buscar a nossa
melhor versão e ter uma vida plena, levou-me a procurar um meio de chegar a mais
pessoas.
3. E o processo de escrita desta obra, como correu? Pode partilhar connosco um
pouco sobre essa experiência?
Destinei as manhãs de domingo para escrever um capítulo. Sentava-me no meu
cantinho de escrita e as ideias fluíam. Aproveitava as dinâmicas da semana, algumas das
minhas experiências, romantizava um pouco e a história surgia. Depois, deixava
descansar o texto e voltava para editar.
4. Rumo ao Topo, é uma obra que reflete a vida de muitas mulheres, sobretudo daquelas
que se subjugam à monotonia dos dias e não conseguem visualizar as coisas boas
da vida, mas é também a prova de que é possível recomeçar e rumar ao topo, pois é
lá que as mulheres empoderadas se encontram.
De onde vem esta vontade de ajudar as mulheres a ser mais e melhor?
Eu já fui uma dessas mulheres a viver uma vida sem sentido, num desespero silencioso.
Apesar de me revoltar, pois achava que tudo me acontecia, deixava a vida passar sem
tomar as rédeas. Os meus objetivos estavam ligados ao TER, para me preencher. E eu
conseguia alcançá-los, mas isso não me preenchia.
Felizmente, há uns dezoito anos, a espiritualidade acordou-me e eu atendi a esse
chamado. Passei a ver o lado positivo das coisas, a estar atenta às lições que a vida tinha
para me ensinar, a ter fé (em mim, nos outros, na vida). Comecei a mudar e tudo à
minha volta foi mudando também, para melhor. Então, tenho essa vontade de mostrar
a outras mulheres que só depende delas mudar a realidade em que vivem, que precisam
de se conhecer, de se amar, de saber o que querem, para onde querem ir e que têm
dentro delas uma guerreira pronta a ir atrás dos seus objetivos.
5. Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas
obras e dentro do mesmo registo ou prepara algum desafio?
Continuo a escrever e quero levar mais obras ao mundo, principalmente dentro deste
registo do desenvolvimento pessoal, autoconhecimento, autoestima, espiritualidade.
Neste momento, estou a preparar um desafio, diferente de Rumo ao Topo, mas com a
mesma mensagem.
6. Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler?
Não se conformem com vidas rotineiras de casa/trabalho/casa. Há um mundo interior
que é urgente explorar, descobrir, para manifestarmos a nossa essência, aquilo que
viemos SER, e viver uma vida com significado, com realização pessoal, com plenitude.
