
Paulo Silva
Paulo Silva é um tripeiro, sem qualquer licenciatura tendo desertado do ensino superior no decurso do 2 º ano em Contabilidade e Gestão. Nascido e criado em Massarelos, no Porto, embora a sua naturalidade seja Miragaia, pelo simples facto de ter nascido a 12 de janeiro de 1966 no Hospital de Santo António, em pleno milénio anterior, séc. XX.
Em abril de 2009, aos 43 anos, inicia-se na carreira de Oficial de Justiça, sendo colocado no Tribunal da Amadora, de malas aviadas e outros bens lá seguiu viagem. Nos quatro anos e um mês que demorou para conseguir uma colocação no Porto, a distância da cidade natal pesava-lhe, e a terapia para tal peso surgiu nos tempos livres através da fotografia, que o relaxava. 54 milhões de disparos efetuou até que a sua forma de ver e de sentir se encontraram.
Crê que o exercício das suas funções, enquanto Oficial de Justiça, teve e tem um importante papel na sua vida, pois molda-lhe a sensibilidade, mostrando-lhe um outro lado das coisas.
Recentemente, ganhou coragem para partilhar as suas fotografias a um público mais vasto. Às imagens juntou o prazer da escrita, que aflora com igual intensidade.
Assim, descobre-se que não passa de um garoto, com 56 anos, que ansiava, como uma criança, dar asas a um sonho de adulto.
Pulsar de Hobby é o seu primeiro livro – e também um sonho concretizado.

Pulsar de Hobby nasce da necessidade de partilhar todas as viagens imaginadas em cada fotografia que integra esta obra, não fosse a fotografia o hobby do autor.
Nada mais do que uma visão, um outro olhar na captação do tema fotografado, da luz atenuada, da flor, do abstrato… em resumo, o reflexo da sensibilidade de Paulo Silva.
Trata-se de um elo entre a fotografia e a escrita, uma mera provocação através da metáfora que delas se obtém. A fusão de duas formas de comunicação onde pontos de vistas distintos podem divergir de um mesmo contexto. Talvez uma forma de reforçar que a fotografia é tão polissémica quanto um texto.
Pulsar de Hobby representa a visão do próprio autor expressa através da imagem.
A maioria dos textos não tem título, por pretender, o autor, que o leitor possa atribuir o seu próprio título, à leitura efetuada, permitindo-se identificar com os mesmos.